2007-01-10
Desenho no Reino Unido - Tomo 03
Apesar de ainda existirem algumas outras pequenas exposições de gravura europeia, não pude deixar de reparar nas gravuras, pinturas e desenhos aguarelados da ala do British Museum dedicada ao Japão!!!
TOMO 03 - HOKUSAI & OS OUTROS
A pintura quase desenhada é típica do Oriente. E este retrato de Daruma, mítico criador do zen, traduz para mim a perfeição da técnica da tinta sobre o papel. Há 500 anos já se faziam coisas destas no Japão!!!
O modelo do Mundo Flutuante (ukiyo) começa a ser criado e esta descrição gráfica das belas (e sedutoras) mulheres japonesas, desenhada em 1681 por Hishikawa MORONOBU, é o perfeito exemplo clássico dos primórdios desta arte.
Uma novela ilustrada no formato de banda desenhada (kibyöshi) de 1790 do artista-escritor Santö KYÖDEN. Uma forma de caricatura política (a manga da altura) em que parodia as reformas confucianas do governo samurai: a virtuosidade é tão elevada que do céu chovem moedas!!!
Em 1793 Kitagawa UTAMARO pintava e gravava em papel a bela Ohisa, filha do dono de uma loja de chá, e pintava um belo poema: Charme e chá estão pairando / E nunca ficam frios / Deixa-me não acordar / Deste feliz sonho de Novo Ano / Em Takashimaya.
O eterno Katsushika HOKUSAI!!! A eterna «The Big Wave at Kanaka" do álbum «100 vistas do Monte Fuji» de 1830-33. Quem diz não conhecer HOKUSAI, de certeza que conhece esta imagem. A imagem que inspirou os impressionistas. Comecem a ver com mais atenção Vincent Van GOGH e Paul GAUGUIN... Para mim ver conscientemente esta gravura (impressão de madeira sobre papel) foi o paraíso. ML, pode-se dizer que eu também «meti água».
A gravura «A Invocação dos espectros pela Princesa Takiyasha», tríptico de 1844 de Utagawa KUNIYOSHI, é o perfeito exemplo do fascínio pelo sobrenatural no pais do Sol Nascente. Esta imagem surge e resurge inúmeras vezes na cultura japonesa... Eu até já a vi em filmes para crianças... Os japoneses lidam com o horror de modo algo diferente...
Sou obrigado a mostrar este pequeno pormenor de 1 pequena (mas alta) maravilha. Um grupo de sapos acrobatas (empilhados em cima uns dos outros a fazer equilibrismo em bambu) pintados em 1871 por Kawanabe KYÖSAI. Um artista conhecido pela sua pincelada rápida e traços bem vivos. E também conhecido pelas doses astronómicas de saké que bebia antes de pintar, eheheheh! Viva o saké!!!
Este auto-retrato de Ogawa TATSUHIKO de 1932 é uma gravura (madeira sobre papel) que traduz a perfeita harmonia entre o pintor (TATSUHIKO) e o gravador (Kuriyama SHIGERU).
Sekino JUN'ICHIRÖ foi o líder do Movimento Da Impressão Creativa, foi poeta, designer de livros e precursor dos estilos de arte abstractos. Em 1940 gravava (madeira sobre papel) este retrato do seu mentor OnchI KÖSHIRÖ.
Os desenhos de manga de 1970 expostos é que me surpreenderam. O British Museum pode não ter expostos quadros do Jack VETTRIANO mas expõe personagens manga, fotogramas de anime, cartazes de cinema de artes marciais e baralhos de carta exóticos... Pouco disto é desenho verdadeiro (é tinta, é gráfica, é fotografia) e puro (é pintura, é câmara, é computador). Mas eu, ainda fascinado por aquela cultura, não resisto a incluir 1 parágrafo...
TOMO 03 - HOKUSAI & OS OUTROS
A pintura quase desenhada é típica do Oriente. E este retrato de Daruma, mítico criador do zen, traduz para mim a perfeição da técnica da tinta sobre o papel. Há 500 anos já se faziam coisas destas no Japão!!!
O modelo do Mundo Flutuante (ukiyo) começa a ser criado e esta descrição gráfica das belas (e sedutoras) mulheres japonesas, desenhada em 1681 por Hishikawa MORONOBU, é o perfeito exemplo clássico dos primórdios desta arte.
Uma novela ilustrada no formato de banda desenhada (kibyöshi) de 1790 do artista-escritor Santö KYÖDEN. Uma forma de caricatura política (a manga da altura) em que parodia as reformas confucianas do governo samurai: a virtuosidade é tão elevada que do céu chovem moedas!!!
Em 1793 Kitagawa UTAMARO pintava e gravava em papel a bela Ohisa, filha do dono de uma loja de chá, e pintava um belo poema: Charme e chá estão pairando / E nunca ficam frios / Deixa-me não acordar / Deste feliz sonho de Novo Ano / Em Takashimaya.
O eterno Katsushika HOKUSAI!!! A eterna «The Big Wave at Kanaka" do álbum «100 vistas do Monte Fuji» de 1830-33. Quem diz não conhecer HOKUSAI, de certeza que conhece esta imagem. A imagem que inspirou os impressionistas. Comecem a ver com mais atenção Vincent Van GOGH e Paul GAUGUIN... Para mim ver conscientemente esta gravura (impressão de madeira sobre papel) foi o paraíso. ML, pode-se dizer que eu também «meti água».
A gravura «A Invocação dos espectros pela Princesa Takiyasha», tríptico de 1844 de Utagawa KUNIYOSHI, é o perfeito exemplo do fascínio pelo sobrenatural no pais do Sol Nascente. Esta imagem surge e resurge inúmeras vezes na cultura japonesa... Eu até já a vi em filmes para crianças... Os japoneses lidam com o horror de modo algo diferente...
Sou obrigado a mostrar este pequeno pormenor de 1 pequena (mas alta) maravilha. Um grupo de sapos acrobatas (empilhados em cima uns dos outros a fazer equilibrismo em bambu) pintados em 1871 por Kawanabe KYÖSAI. Um artista conhecido pela sua pincelada rápida e traços bem vivos. E também conhecido pelas doses astronómicas de saké que bebia antes de pintar, eheheheh! Viva o saké!!!
Este auto-retrato de Ogawa TATSUHIKO de 1932 é uma gravura (madeira sobre papel) que traduz a perfeita harmonia entre o pintor (TATSUHIKO) e o gravador (Kuriyama SHIGERU).
Sekino JUN'ICHIRÖ foi o líder do Movimento Da Impressão Creativa, foi poeta, designer de livros e precursor dos estilos de arte abstractos. Em 1940 gravava (madeira sobre papel) este retrato do seu mentor OnchI KÖSHIRÖ.
Os desenhos de manga de 1970 expostos é que me surpreenderam. O British Museum pode não ter expostos quadros do Jack VETTRIANO mas expõe personagens manga, fotogramas de anime, cartazes de cinema de artes marciais e baralhos de carta exóticos... Pouco disto é desenho verdadeiro (é tinta, é gráfica, é fotografia) e puro (é pintura, é câmara, é computador). Mas eu, ainda fascinado por aquela cultura, não resisto a incluir 1 parágrafo...Etiquetas: Exposições, Japão, Viagem
