2006-08-31

 

O POSTAL ILUSTRADO - Parte c

Estava prestes a sair do Japão e entendi que tinha que avançar para além da estilização das árvores e dos ícones animais. Já com alguma experiência e em jeito de despedida, aventurei-me então pela figura japonesa...





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2006-08-30

 

Art Digitalis (CANTO XI)

Fotografia na era digital... Tratamento digital de fotografia será arte? Abro aqui nesta série de artigos 1 mundo totalmente novo pois tudo aquilo que já se falou se aplica mas muito mais é ainda possível... Para não chocar ninguém, vou usar uma foto minha...





Vou à internet e escolho a foto de 1 pedra vermelhusca...








Começo logo a disparatar e junto as duas no PHOTOSHOP ELEMENTS numa série infindável de transparências e... tenho que parar porque se não se tiver cuidado até parece que acabo de sair de um acidente... (MAU GOSTO!) ...





Tento remediar tudo e abro outra vez a 1ª foto para trabalhá-la 1 pouco mais... Removo todo o fundo (foi mesmo às 3 pancadas...) e só fico eu...







Copio tudo para cima da foto «acidente», empilho em cima uns dos outros toneladas de transparências e de filtros... Altero constatemente brilhos, contrastes, gamas e saturações... Moldo a pedra vermelha vezes sem conta pelo recorte da minha figura... Et voilá!




Todavia decido ser mais clássico e deixo-me de fitas... Passados menos de 30 minutos desde o ínicio do exercício, ponho (quase) tudo como estava... Eu acho que isto (também) é arte... Mas ficam aqui alguns exemplos dos verdadeiros artistas...




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2006-08-29

 

BLOG TECH & «My Night Recedes" by AMAR RAAT POHALO

Na tradição de que música também é arte... Tenho andado à procura de algo musical para, à semelhança do YOUTUBE, trazer alguma variedade (e som) ao blog. É bem verdade que o blog já tem rádio própria há algum tempo (ninguém ainda notou?) mas às vezes sabe bem ouvir outras músicas...

Em estreia no blog apresento Amar Raat Pohalo com «my night recedes»... bom, traduzido deve ser algo parecido com isto...



powered by ODEO

2006-08-28

 

EU & MADRID (1ª Parte)

O meu interregno neste fim-de-semana como publicador neste espaço (Que foi admiravelmente preenchido pela editora de serviço! Obrigado Madalena pela mão...) teve a + nobre das razões: 1 ida a Madrid com o fito de ver o que havia para ver em matéria de arte. E havia muito, podem crer! Começo então pelo começo... Se preferirem posso sempre começar pelo princípio... Mas se não gostarem muito eu faço o jeito e posso começar pelo ínicio, ok? Cá para mim, eu devia era começar pelo que vem primeiro, mas vocês é que sabem...

(pke será k isto me faz lembrar 1 anúncio?)

:)

MUSEO DEL PRADO - Exposição PICASSO: Tradición y Vanguardia

Este foi o motivo que me levou a ir de propósito a Madrid. Afinal tratava-se de 1 exposição que reuniria numa mesma cidade a maior quantidade de quadros deste pintor, atravessando todos os seus períodos. A primeira parte da exposição estava na Galeria Central no Museo del Prado. E foi logo a minha primeira paragem...


Após 1 rápida passagem pelos raios X (as infelicidades do novo séc. XXI...) entrei no período azul (1901-1904) em que PICASSO define 1 estilo próprio. 1 quadro (vindo do Cleveland Museum of Art) a ilustrá-lo:
«A vida» de 1903. Para quem já foi, ou para quem tenciona ir, a Barcelona fica a informação de que o museu Picasso desta cidade tem uma colecção importante deste período. Uma agradável surpresa é que, em simultâneo, a exposição acompanha os diversos períodos com quadros (do acervo do próprio museu) de artistas que foram inspirando Picasso. Neste caso, EL GRECO foi a fonte de inspiração e aquilo que permitiu o redescobrimento da escola espanhola pelo resto do mundo.

Houve 1 curto período de transição entre o período azul e o período rosa (1905-1906). Mas quando se chega à maturidade do rosa no
«Rapaz conduzindo 1 cavalo» de 1906 (New York, The Museum of Modern Art) é impossível não ficar esbasbacado alguns minutos. Pela dimensão da tela... Pela beleza da pincelada... E é a partir daqui, pela inspiração em CÉZANNE da crescente geometrização dos espaços, que Picasso começa a formalizar as bases do seu futuro cubismo.

O cubismo surge em várias fases. Naturezas mortas, retratos, etc. Mas 1 dos pontos altos é o memorável quadro
«O aficionado» de 1912 (Basilea, Kunstmuseum Basel)! É assim que Picasso estabelece o cubismo em pleno!

«A flauta de Pan» de 1923 (París, Musée National Picasso) retrata o retorno aos modelos clássicos. Eu gosto de cubismo mas eu gosto ainda + destes outros «picassos»!

Mas mesmo no meio dos devaneios cubistas encontra ainda tempo para obras de cariz + pessoal. O pequeno
«Pablo vestido de Arlequin» de 1924 (París, Musée National Picasso)não se limita a encher de cor a galeria do museu mas (a jeito de confissão) também enche 1 das paredes de minha casa há já muitos anos na forma (+ humilde) de poster. Ver por fim o original foi para mim absolutamente fantástico!

Existe 1 período que não é aqui tratado: o período de 1930 associado ao surrealismo. Este será o tema central do pólo do Museu Rainha Cristina (brevemente nesta banca...).

O estudo dos mestres encontra-se perfeitamente exemplificado com a sua interpretação pessoal d'«As meninas» de VELASQUEZ. Eu já conhecia bastante bem esta obra de 1957 (por via de 2 visitas ao Museu Picasso de Barcelona e de 1 reprodução em minha casa). Mas o museu do Prado abriu as portas naquela parte da galeria e... ao virar-me para trás ali estava, do outro lado da sala, o verdadeiro «As meninas». Um face ao outro. Um a mirar o outro. Verdadeira poesia neste mise en scéne...

No seu último período, Picasso parece ter estado totalmente absorvido pelo estudo dos mestres (POUSSIN, Jacques-Louis DAVID, DELACROIX, MANET entre outros).

Antes de sair fiz a (já famosa) volta inversa para ver tudo outra vez. Não deixei de ficar mais uns minutos a ver esta
«Mulher sentada em cadeirão vermelho». Pensei talvez em traduzir estas formas em estruturas tridimensionais... Quando saí da Galeria vinha afogueado com a grandiosidade e a beleza desta exibição.

Para além daquilo que eu transmiti, sugiro uma visita virtual da
exposição no Prado.

(continuam as aventuras madrilenas no próximo post...)

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2006-08-27

 

VIAGENS II


Pois é......continuam as viagens!

Hoje tive saudades da Tunísia, viagem que fiz há 2 anos e que me deixou boas recordações. Nessa altura a minha sensibilidade para as cores e texturas da paisagem e dos povos estava ainda adormecida, mas hoje, revendo as fotos e as memórias, fui buscar estas imagens que vos deixo:

Uma velha tecelã que trabalha em média 3 meses para terminar um tapete pelo qual recebe ....uma miséria!




Um "fertilizador" de tamareiras, que sobe e desce das árvores no papel de Mãe Natureza


E finalmente...uma das coisas mais bonitas que já vi na minha vida, o mais próximo que já me senti do "chi", energia pura da Natureza, o nascer do sol às 5 da manhã em Mahtmata, no sul da Tunísia, no chamado deserto rochoso onde um dia foi gravado o primeiro filme da saga " Guerra das Estrelas"

E é isto que tenho para vós hoje, espero que vos aguçe o apetite por este magnífico Norte de África!

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2006-08-26

 

PINTURA COM ACRILICO

Hoje apetece-me escrever um pouco sobre pintura com tinta acrilica, que muitos consideram a grande invenção da nossa época em matéria de artes plásticas.

Ora aqui está um tipo de pintura que o mestre ainda não quiz que fizéssemos.
Apesar disso, e como é costume dizer-se o fruto proibido é o mais apetecido e nós (alunos) cá por casa já fomos experimentando, é ou não é amigos?

Eu confesso que também não sei muito sobre ela, mas na realidade a pintura acrilica também desperta em mim muita vontade de aprender, pois este processo permite uma rápida resolução dos fundos e formas o que é bom para paisagem (que é um estilo que me agrada).

As tintas secam muito rápido mas são estáveis em luminosidade e cor. Dada a sua rápida secagem permitem-nos efectuar os trabalhos mais rapidamente pois logo que a base está seca podemos começar logo a empastar ou trabalhar à espátula, o que não acontece com a tinta de óleo.

Há ainda quem comece o quadro com uma base acrilica e que o vá continuando a enriquecer com a tinta a óleo.

Para quem quizer experimentar não podemos esquecer que o acrilico se trabalha numa base aquosa e que os diversos pinceis que estamos a usar deverão estar com as cerdas mergulhadas em água enquanto estamos a trabalhar. Não devemos nunca deixar secar o acrilico nos pinceis pois daí só para o lixo.

Boas experiências

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2006-08-25

 

Artistas Portugueses - Vol. 00

Nuno Gonçalves, (1450 - 1490)

Foi ainda a tempo que verifiquei o meu grave lapso. Por 1 lado não tinha ninguém do séc. XV. Por outro lado não tinha Nuno Gonçalves e os (seus?) Painéis de São Vicente de Fora! Erro gravissímo! E como tal vi-me obrigado a criar o «Vol. 00» de propósito para este pintor que expõe (sem data de encerramento) no Museu de Arte Antiga.

O Políptico de S. Vicente é constituído pelos seguintes painéis:

1. Painel dos Frades, 207 x 64 cm;

2. Painel dos Pescadores, 206 x 60 cm;

3. Painel do Infante, 207 x 128 cm;

4. Painel do Arcebispo, 207 x 128 cm;

5. Painel dos Cavaleiros, 206 x 60 cm;

6. Painel da Relíquia, 207 x 64 cm.



A informação, mesmo a que vem do MNAA não é muita, mas recomendo a leitura deste blog de pintores portugueses sobre este pintor em particular... e a observação do conjunto completo dos painéis de S. Vincente.

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2006-08-24

 

Art Digitalis (CANTO X)

Hoje vamos deixar o mundo 3D e explorar a fotografia. Todavia, antes de entrarmos de cabeça, achei que seria bom rever alguns conceitos poque, acreditem!, eles são mesmo muito importantes e podem fazer toda a diferença... Na verdade, podem fazer 3 diferenças!

1ª Diferença: TOM (em inglês VALUE)

A primeira qualidade da cor é o tom. Tom claro. Tom escuro. Pode-se também falar de matizes claros e de matizes escuros. Pegando numa série de cores (7 neste exemplo) podemos percorrer todos os seus tons, criando assim 1 paleta de tons (como aquela que eu produzi para este artigo). Conselhos sobre os tons? Bom, são os tons que definem constrastes. 2 cores de tons muito próximos «morrem» ao pé 1 da outra... 2 cores com tons muito diferentes «chamam» logo a nossa atenção! Muito importante! Podem verificar isso na paleta de tons: se seguirem 1 coluna de cima para baixo, vão confirmar que as cores parecem todas iguais, não é? Se escolherem quadradinhos de colunas afastadas (podem ser da mesma linha que não faz mal) o contraste aparece como que por magia!


2ª Diferença: INTENSIDADE (em inglês SATURATION)

As cores dizem-se saturadas no sentido de serem cores puras, tiradas directamente do tubo! Portanto esta propriedade traduz a «força» da cor. E eu limitei-me a saturar intensamente (+75%) a anterior paleta de tons. Comparando as 2 paletas (escolham 1 quadradinho qualquer) terão a mesma cor, com o mesmo tom, mas com saturações diferentes. Não se sabe muito bem porque isso acontece, mas verifica-se que as crianças são imediatamente atraídas por este tipo de cores saturadas, enquanto que os adultos preferem cores menos saturadas (exemplo da 1ª paleta).



3ª Diferença: BRILHO (em inglês LIGHTNESS)

Corresponde a adicionar branco (em inglês TINTING) ou a adicionar preto (em inglês SHADING). É interessante relembrar que branco não é cor nenhuma pois é a soma de todas as cores! É interessante relembrar que preto não é cor nenhuma pois é a ausência de qualquer cor! Peguei na paleta saturada e acrescentei uma quantidade grande (+75%) de brilho. Ficou tudo deslavado... Daí o mestre dizer que temos que ter cuidado com a adição de branco!



E por fim só falta definir...COR (em inglês HUE)

A definição desta característica da cor chama-se... cor... Na língua inglesa distingue-se perfeitamente cor (COLOR) da sua propriedade cor (HUE). Já vi esta propriedade ser chamada em português de matiz. Mas como a palavra «matiz» foi usada nos tons... Enfim, 1 questão linguística que não ajuda muito... Para simplificar, a propriedade HUE de qualquer cor pode ser entendida como aquilo que se tira do espectro de luz visível (vulgo arco-iris). É engraçado que na nossa cultura portuguesa 7 é o n.º de cores atribuídas ao arco-irís, mas existem um n.º infinito delas, claro! E existem países na Europa que só aceitam 6 cores! E existem livros de pintura que aceitam as 7 mais as cores secundárias... Vale tudo! Eu apliquei este principio logo na primeira paleta pois escolhi 1 «cor» do arco-irís para cada linha!


Agora não é para complicar mas... as televisões (e por associação, também os computadores) funcionam de modo ligeiramente diferente e, no entanto, funcionam de modo quase igual! Usam 3 canais: R para vermelho (RED), G para verde (GREEN) e B para azul (BLUE). Ainda por cima, nesta tentativa de imitar o olho humano (os cones e os bastonetes da retina conseguem ver também 3 cores) , o verde é 1 cor secundária que nós não vemos directamente... E o controlo que se faz é ao nível do Brilho (ok, isto é Brilho), do Contraste (1 espécie de Saturação) e da Gama (1 espécie de Tom). Não podemos esquecer 1 pequeno pormenor: cada 1 destas 3 propriedades pode ser afecta a 1, 2 ou 3 canais.

Quando passamos para as gráficas de impressão... altera-se o esquema RGB para o esquema CMYK (ciano, mangenta, amarelo, preto)...

Complicado? Por isso é tão bom ter algo no software que faça correcções de fotos automaticamente... Mas se soubermos o que estamos a fazer, e tivermos algum «calo», pode-se transformar, após algumas tentativas, 1 belíssima foto (tirada por mim no verdadeiro Bryce Canyon) numa pequena obra de arte. Enfim... :)


















Leiam os excelentes artigos, um da Wikipedia e o outro sobre Física da Cor, embora este último seja bastante técnico. Aproveite e experimente as misturas de cor em computador com o ColorBlender. Ainda um outro artigo sobre a utilização de cores na web. E por fim, mais 2 links, onde se apresentam as cores de modo MUITO interactivo! Trata-se de Color in Motion e o Color Project

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2006-08-23

 

O POSTAL ILUSTRADO - Parte b

Depois da liberdade de execução das cerejeiras virei-me para algum rigor (e simplicidade) da iconografia japonesa (essencialmente animais). A esta altura já eu estava a ficar 1 pouco cansado das pinturas no final dos dias... Mas os postais tinham que sair do país do sol nascente... Acho que o esforço valeu a pena porque os miúdos contemplados adoraram. Os graúdos contemplados... acho que também... :)













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2006-08-22

 

GOMBRICH #03

Nas ilhas temperadas do Mediterrâneo não existia 1 único rei, 1 única religião e como tal a arte não conseguiu ficar estática durante milénios, tendo florescido. Um exemplo já dado é a cultura minóica de Creta. Com a chegada dos aqueus ao Peloponeso (1.000 a.C.) e a sua superior tecnologia do bronze tudo isso mudou. A arte na época de Homero nas terras conquistadas voltou a regredir para a simplicidade. Os espartanos (originários da tribo dórica) criaram o primeiro estilo austero e funcional, cujo mais famoso exemplo é a coluna dórica. Estas construções primitivas em pedra imitavam as técnicas de construção tradicional em madeira e todavia imprimiam graciosidade ao edificio.






A cidade de Atenas foi um dos pólos de desenvolvimento artístico. Os gregos tinham aprendido com os egípcios o seu estilo baseado no conhecimento. Todavia os escultores gregos basearam o seu estilo na observação visual e este pormenor marcou toda a diferença. Se bem que os resultados pudessem nem sempre ser bonitos (cfr. imagem ao lado dos kouros), ao contrário da beleza segura dos egípcios, o facto é que o caminho estava traçado para a inovação constante e a aprendizagem partilhada.









De seguida os pintores fizeram o mesmo. Aqui temos a dificuldade histórica de não conhecer os grandes mestres dessa época. Sabe-se que muitos deles eram mais famosos do que os mais famosos escultores. Só chegaram até nós as pinturas sobre materiais duradouros, tais com os vasos de vinho. Mas aqui os pintores gregos fizeram 1 descoberta importante: os planos. Um pé já não precisa de ser pintado sempre de lado (esquerdo ou direito) e surgem dedos dos pés virados de frente! Custa a acreditar que 1 ideia tão simples tenha demorado + de 80.000 anos (minorante estimado da data de aparecimento do Homo sapiens) a chegar!!!

Tudo isto aconteceu num período em que a democracia, as ciências, a filosofia e o teatro começavam a aparecer em Atenas. Todavia, para os grandes pensadores, escultores e pintores eram criaturas de 2ª classe: trabalhavam com as mãos! Estava-se na época de ouro de Péricles, no tempo em que Atenas derrotou a Pérsia (séc. V a.C.). Apesar do desdém pelos artíficies, os grandes escultores (Phídeas, responsável por 1 das 7 maravilhas do mundo antigo: estátua de Zeus em Olímpia) e arquitectos (Iktinos, responsável pelo Parténon na acrópole de Atenas) eram tratados com enorme devoção pelos gregos.

A maior parte das obras perderam-se para sempre. O nosso conhecimento vem de cópias que Roma fez desses tesouros. Quando se descobrem originais gregos a nossa concepção deste fica sempre abalada. Quando se encontra uma estátua em bronze dedicada pelos vencedores das Olímpiadas aos deuses, verifica-se que é algo de totalmente novo. Por isso, quando se vê 1 cópia romana em mármore do Discolobos em bronze de Míron sabemos que o original seria muito mais bonito. E contudo... quem quiser copiar a pose do Discolobus para atirar discos vai ser confrontado com o (quase) impossível... É que toda a disposição é estritamente... egípcia! Só a arte do escultor permitiu «captar» o momento de largada do disco. Míron conquistou o movimento da mesma maneira que os seus colegas pintores conquistaram o espaço!



To be continued: Será que é desta que Milo perdeu a cabeça? Será que 1 misterioso meteco teve que dar 1 mãozinha a Vénus? A resposta a esta e muitas + perguntas no episódio CC (a.C.) da famosa telenovela «Vi-me Grego Para Chegar ao Fim»! Aproveite esta promoção e assista ainda (por mais meio dracma) à transmissão em diferido (ano 79 a.C.) da destruição dos escandalosos murais da vila Veettii (algures na Campania) por acção de algumas toneladas de cinzas, escórias e lavas.










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2006-08-21

 

Nova Galeria PUSHKIN

Notícias fresquinhas de Moscovo (já que a Ana se faz rogada :) )!
Hoje abriu 1 nova galeria do Museu Pushkin em Moscovo: a Galeria de Arte da Europa e América dos séculos XIX-XX. Desde os românticos do inicio do século XIX, passando pelos impressionistas (413 quadros só deste período), até às vanguardas do século XX. Estão representadas as escolas europeias, norte-americanas e latino-americanas. Estão representados os principais movimentos desse período: Romantismo, Impressionismo, Pontilismo, Cubismo, Fauvismo, Surrealismo e Simbolismo.
Muitos se perguntam como é que os russos têm obras tão importantes. A resposta é fácil: os nobres e burgueses russos eram coleccionadores atentos. Enquanto que em Paris se «enxovalhavam» publicamente os primeiros impressionistas... os industriais russos (como por exemplo Serguei Schukin e Ivan Morozov) faziam as suas comprinhas a preços reduzidos!
A preços, já correctamente inflaccionados, foram mais tarde vendidas muitas destas aquisições a magnatas estrangeiros. Calouste Gulbenkian foi 1 (entre outros) que fez as suas comprinhas no Hermitage e no Pushkin.
Muitas das obras que agora estão em exibição nuncam foram antes expostas. As razões desta situação são razões de ordem política. Não nos esqueçamos que entre 1918 (período de Lénine) e 1948 (período de Estaline), a nacionalização do museu e a ordem de encerramento destas salas de pintura ocidental eram resultado da sua interpretação como «propaganda burguesa de arte reaccionária».
Hoje, felizmente, já se dissociou a perspectiva artística da perspectiva política.

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2006-08-20

 

Artistas Portugueses - Vol. 01

Tenho imaginado que seria giro escrever 1 série de pequenos artigos sobre pintores. E que tal começar pela «prata da casa»? Acho que os nossos pintores portugueses nem aqui em Portugal são conhecidos. Por isso passei da imaginação para a acção e começo hoje de forma cronológica pelo...

Vasco Fernandes, dito Grão Vasco (Viseu, 1475-1542)

Eís um dos pintores portugueses de referência e que eu próprio tão mal conheço. Durante muitos e muitos anos para mim «Grão Vasco» era marca de lápis-de-cera!

:)


No inverno do ano passado passei por Viseu com 2 objectivos: patinar na pista de gelo (estava fechado...) e visitar o museu Grão Vasco (estava fechado... mas abria da parte da tarde...). Aí fiquei mesmo bem impressionado com a colecção do museu. De resto que mais posso eu dizer que não seja dito por alguém + entendido na matéria? Nada! Fica pois aqui um link para vossa leitura:

http://www.rpmuseus-pt.org/Pt/cont/fichas/museu_41.html


http://www.uc.pt/artes/6spp/v1.html



p.s.Não pretendo saber tudo das biografias e obras destes pint
ores, pelo que o vosso contributo, opinião e esclarecimento (feito nos comentários de cada post) será verdadeiramente benvindo!

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2006-08-19

 

Art Digitalis (CANTO IX)

Hoje vou demonstrar como se passa da modelação em 3 dimensões para a animação (leia-se filmes) a 3 dimensões. Tinha já dito que a minha primeira experiência tinha sido 1 desastre... pois, sem qualquer vergonha, aqui está ela: uma animação do planeta Marte em rotação. Uma esfera... um mapa do planeta Marte... uma instrução de rotação de 360º... uma luz a simular o sol... No comments, pleaaaaase...



Vamos então lá tentar fazer algo mais digno... Mas como continuo sempre na brincadeira... E se for... uma palhaçada? Construo o palhaço naquele programa óptimo para modelar figuras humanas, o POSER, a partir de 1 figura masculina básica standard... basta pintar o corpo todo de branco... mapear as roupas e a cara com as cores certas... (esta parte foi 1 bocadinho aldrabada porque apanhei os mapeamentos já prontos que alguém tinha feito)... pôr 1 bola vermelha no nariz... Et voilá o nosso palhaço! Bom... ainda lhe falta o cabelo...

:)

Até aqui foi fácil, não foi? Sei que tenho de pensar logo de seguida num cenário realista. E como sou mesmo mauzinho, tenho ainda que lhe associar uma história tenebrosa... Surge-me logo a ideia de um vagão de transporte... os circos costumavam deslocar-se nos USA sempre de comboio... Pego num modelo de um vagão, já construído por alguém, e ponho-o no BRYCE. Caiam na real, porque nem eu sou assim tão bom no computador...











Como já sabem o BRYCE é óptimo para as paisagens e assim construo o cenário adequado sem muitas dificuldades. Depois de algumas tentativas (nuvens, sol, cores da luz, posição da câmara) chego a um crepúsculo adequado às minhas (negras) intenções... O negrume que construi sempre ajudará a esconder os erros da minha modelação, eheheheh!


Aqui faço batota... Imagino que largo o mundo 3D e copio para o POSER a última imagem como «pano de fundo»... isto não é maneira de trabalhar... mas como o resultado não é assim tão mau, aproveito! Tenho de recalcular todas as luzes (cores e posições), desenho no chão 1 percurso para o palhaço percorrer «à frente» do vagão, crio 1 andar meio esquisito (afinal a história pretende ser tenebrosa) e dou instruções ao computador para produzir 130 imagens de filme... Apresento-vos «KLOWN STALKER» uma curt(íssim)a metragem da minha autoria sobre 1 palhaço muito ameaçador! Cobro bilhete à entrada mas só custa 1 euro... :)




A animação nem ficou muito mal pois não? Perde sempre 1 pouco de definição no YOUTUBE... Mas eu gosto mesmo é de «bonecada» e vou transformar o pequeno filme num filme de animação a lápis de cor...





... e a pastel... bom, os resultados no YOUTUBE são de fraca qualidade, e por isso nem vale a pena mostrar, acreditem!


Poderia continuar por aí fora com o carvão... com a criacção de 1 banda sonora para música de fundo... introdução da sonoplastia... construção do argumento do monólogo do «actor»... de efeitos especiais... Só não poderia mudar a posição da câmara por causa da «batota» da imagem de fundo não ser 3D! Feitas as contas demorou pouco + de 3 horas a fazer este exercício... Com a prática devo conseguir melhores resultados e + rapidamente!

Por hoje já chega, não acham? Obrigado pela vossa paciência!

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2006-08-18

 

SÉCULO PASSADO

Fantástico blog em português... Alex KATZ foi 1 compra que fiz recentemente... comprei o livro da TASCHEN, entenda-se... não foi nenhum quadro, k o k eu ganho não dá pra isso... :)



http://oseculoprodigioso.blogspot.com/




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2006-08-17

 

JÁ ME ESTAVA A ESQUECER.....

Amigos

Não sei se já navegaram pelo site www.allposters.es na opção belas artes. Quando tiverem um bocadinho vão lá e vejam a imensidão de posters com reproduções de obras de arte praticamente de todo o mundo e dividida por temas.

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APONTAMENTOS DE HÀ 40 ANOS.......

Neste feriado resolvi dar uma volta nas caixas do sótão.

Entre muitas outras coisas, fui encontrar um apontamento manuscrito que terá no minimo 40 anos, com bases de cores para diversas situações que poderão compôr um quadro.

Achei muito engraçado, até porque são apontamentos que referem unicamente as cores base, enquanto que hoje em dia (apesar do mestre não querer) nós já não resistimos a uns tubinhos daquelas cores já feitas.

Assim resolvi partilhar convosco estes apontamentos:

CÉU - Predomina o branco, azul ultramarino ou azul cobalto empregnado às vezes de um pouco de vermelhão ou um pouco de ocre.
Céu limpido - ultramarino e branco
Céu chuvoso - branco, preto, ocre e carmim
Céu azul celeste - azul cobalto, amarelos e vermilhões

MONTANHAS AO LONGE: branco, azul ultramarino e carmim. Ás vezes um tom esverdeado.

MONTANHAS COM SOL A BATER-LHES: Misturar branco laranja e ocre e um pouco de terra de sena natural.

ÁGUA PARADA - Branco e azul ultramarino

ÁGUA AGITADA: Verde veronese e ocre

RAMAGENS: Verde bonito - amarelo canário e azul cobalto
Escuras - sena natural com verde sapo

PORTAS E JANELAS FECHADAS - azul ultramarino e carmim

BRILHO NOS VIDROS - um pouco de azul claro, ultramarino e branco

UM VERDE BONITO - branco, ocre e preto

Não sei se lhes despertou alguma curiosodade conferir com o que nós temos aprendido ou fazer mesmo alguma experiência.

Eu vou experimentar.

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2006-08-16

 

OS MITOS - Spider goes Osaka



Já não há respeito por nada... Nem às coisas mais sagradas... Isto é mesmo mau!!! LOLOLOLOL

Para me desculpar da gracinha... O trailer do 3!!!!!!!! Let´s look at the trailer... :)


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2006-08-15

 

Art Digitalis (CANTO VIII)


A criacção de figuras e personagens em 3D é só por si um mundo próprio. Partindo do principio de que tudo pode ser reduzido a polígonos, todas as formas podem ser traduzidas em coordenadas no espaço tridimensional (3 eixos x,y,z). Uma maneira de verificar a quantidade de trabalho envolvido em definir figuras é pegar no 3DS MAX e fazer tudo de raíz: tronco, cabeça, membros, dedos, olhos, nariz, etc, etc. Eu fiz há alguns anos uma tentativa (patética...) e nem sequer cheguei a meio da cabeça do pato... Lembrei-me de repente de que já naquela altura eu gostava de patos... :)


Um software de modelação totalmente grátis é o Persistence of Vision (POV-Ray) que pode ser descarregado em:

http://www.povray.org/download/


Daí não se admirem de terem surgido softwares dedicados só a estes problemas. Basicamente existem 3 formas de tratar a questão: ou se juntam pedaços de matéria digital até se ter 1 figura desejada, ou se molda uma bola de barro até se ter a forma que queremos ou, em alternativa, se modifica um corpo já existente standard (seja homem, mulher, adulto, criança, animal, vegetal, etc).


O AMORPHIUM lida essencialmente com conceitos de escultura. Imaginamo-nos num atelier com o barro à nossa frente, com as ferramentas ao nosso lado e começamos a esculpir, a moldar. Após esse trabalho, podemos ainda pintar a figura e acreditem que também aqui este programa é inovador! No final ficamos com 1 figura tridimensional ao nosso dispor! Depois de ter moldado esta nave alienígena, coloquei-a num ambiente espacial com 1 galáxia como pano de fundo através do PHOTOSHOP ELEMENTS. Resultou na perfeição.

Link Sobre AMORPHIUM
http://www.eitechnologygroup.com/products/amorphium.html


O POSER lida essencialmente com figuras e posições padronizadas. Tipo pega-se num homem (adulto, jovem, gordo, magro, alto, baixo), numa pose (sentado, a nadar, a voar), em adereços (roupa, bengala, etc), em elementos identificativos (cabelo, tom de pele) e voilá: temos 1 figura tridimensional que podemos utilizar da maneira que entendermos! Claro que, em vez de 1 figura humana, se pode sempre utilizar um Velociraptor, eheheheh... O mais interessante disto tudo é que o POSER se tornou em algo mais do que 1 simples software: existe neste momento 1 verdadeira comunidade na internet!

Link POSER
http://en.wikipedia.org/wiki/Poser


Pode-se colocar estas figuras nos cenários criados no BRYCE ou no VUE D´ESPRIT (cfr. post de 09-08-2006). Se forem realmente sádicos (e só mesmo se gostarem muito de sofrer...) poderão completar o vosso trabalho no 3DS MAX. :(




Todavia o software tem evoluido imenso. Descobri recentemente 1 pequena pérola: Darwin's EVOLVER... O conceito é fazer cruzamentos de raças até obtermos aquilo que queremos. Escolhe-se olhos, narizes, orelhas e corpos. Cruzam-se os 2 casais de avós e o casal de pais até termos um verdadeiro mutante. Uma das principais regras é ter presente se o rebento sai mais ao avô materno, se sai mais à mãe ou se sai mais ao lado paterno. Os resultados são mesmo intrigantes. Uma pequena amostra é este busto que resulta de uma pool genética de carácter duvidoso, eheheheh!

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