2007-02-16

 

Convite à Valsa

Não... Não é nenhum convite... Ou melhor... É um convite... Mas não é um convite à valsa... Não é um convite para dançar valsa... Nem se trata da paleta colorida do «Convite à Valsa» de 1880... É mais um ambiente ocre d'«O Grupo do Leão» de 1885 de Columbano Bordalo Pinheiro. É um convite para a exposição que inaugura hoje no Museu do Chiado... 60 pinturas e 18 desenhos até 27 de Maio...

A sua modernidade é mais a adquirida de modo auto-didacta do que a apreendida nas elites de Paris... Contra algumas «vozes» modernas que se elevam contra a modernidade do séc. XIX... Talvez por hoje serem tão modernas... Por hoje serem modernas demais?

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Comments:
Columbano auto-didacta?!
João, não creio...

«Filho do pintor, escultor e gravador Manuel Maria Bordalo Pinheiro, estudou na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde cursou desde os 14 anos de idade desenho e pintura histórica.

Na Academia foi discípulo do escultor Simões de Almeida e do mestre Ângelo Lupi, tendo feito o curso em quatro anos em vez dos curriculares sete.

Em 1881 partiu para Paris, beneficiando de uma bolsa de estudo, custeada secretamente por D. Fernando de Saxe-Coburgo, viúvo de D. Maria II, amigo do pai.

Foi para França, acompanhado da irmã mais velha, tendo aprendido com Manet, Degas, Deschamps entre outros.»

In O Portal da História / Biografias / Columbano Bordalo Pinheiro
 
Resta acrescentar que é um dos maiores pintores portugueses.
 
Não restam dúvidas que Columbano foi um dos maiores pintores portugueses...mas creio que qd o João diz que o Columbano foi auto-didacta (na sua modernidade...)se referia ao período (qd regressou a Portugal)em que ele se juntou aos artistas do "Grupo do Leão", que era formado por jovens artistas empenhados numa reforma estética..., daí : "A sua modernidade é mais a adquirida de modo auto-didacta do que a apreendida nas elites de Paris..."
Será que entendi bem?
 
Quem diria que 1 simples frase, 1 simples interpretação de algo que li, desse nesta confusão, eheheheh...

O que eu queria dizer é que... dá ideia que... por aquilo que eu li parece-me que... Columbano pouco ou nada ligou ao que lhe foi transmitido pelas vanguardas parisienses.

A ser verdade, tendo sido mesmo assim... a sua genialidade advém essencialmente de 1 processo autónomo de aprendizagem.

Não reconheço nenhum problema da genialidade vir de uma auto-aprendizagem. Levanta-se a sensível questão da distância que separa o academicismo da pintura primitiva (naïf). Eu próprio, como (quase) auto-didacta, escuso-me a levantar mais poeira, cof,cof,cof.

:)

Contudo, e apesar de algum «mal-estar» social em relação a esta exposição, cumpre-nos a todos de facto elogiar Columbano como um dos melhores pintores portugueses.
 
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